Ao meu Pedro.
Velho amigo,
Os fins de tarde já são longos agora. A noite chega mais cedo. Talvez devesse dizer como fomos felizes antes. Nos tempos em que era de dia quando era dia. Há quem diga que sim...
Preocupa-te com outras coisas. Não te assustes com elas. Não reconheço qualquer ausência do Verde nestes dias mais escuros.
A horas certas chamo e continuas a vir. Sinto mais saudades do teu abraço do que antes. Talvez seja por isso que hoje ele me sabe melhor.
Continuas quente. Continuas no meu quotidiano.
Tenho orgulho em ti. Caminhos que traces. Metas onde chegas. Ensinaste-me o esforço de todos os dias.
Ensinaste-me os tempos do silêncio e as palavras que o silêncio mede.
São dias novos, velho amigo.
Não há nada de bom em continuar a viver bons tempos, mas antigos. Entusiasmante é atravessar contigo, por onde quer que andes, todos os tempos que nos cheguem.
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