A inspiração é sempre algo muito difícil em mim, tremendo sobre o terror das minhas próprias letras escritas sobre o papel.
É um tempo difícil quando deixo que as palavras fujam e vem nos meus pés, fruto das minhas ideias movidas, preguiça de correr para buscá-las. Quem diz preguiça diz medo porque é verdade que as palavras dão medo e que a metafísica de amar as palavras é como respirar o perfume que está na tua mesa: cansa, mas o primeiro é sempre bom.
As palavras têm uma luz consigo, mas a maneira de a ver é tão difícil que temos que sentar e não ter preguiça de escrever Verde e Mar, mesmo para perceber que são palavras diferentes.
Lentamente agora bebo o cálice das palavras, antídoto do medo, agora que chega o crepúsculo e está quse na hora do Sol tomar seu banho de Lua, lá na linha onde terminam as ondas.
As paredes do meu quarto enchem-se agora de palavras enquanto a preguiça se esgota com as linhas do meu caderno.
A cama, terra de segredos fechados, e os olhos postos no mundo, que começa na janela do meu quarto, e a noite que me traz as palavras que me escaparam no dia.
1 comentário:
muito bom. muito bom mesmo.
Enviar um comentário