sexta-feira, dezembro 29, 2006

Mar

Dá-me palavras-plantas,
Pedras, rios
E diz-me de coisas que cresçam
Com a leveza furiosa das ondas

Meu corpo
Ilha nas ilhas
Água, parte do mar
Mar em si

Imensa sucessão de palavras
Imensidão. Micro-cosmos.
Palavras-plantas que me digam ilha.
Talvez eu
Eu e o mar
Perdido no mar que sou eu.

Descoberta,
Corre em mim o sussurro lento das ribeiras.

Sou como as trutas do Ribeiro Frio:
Nado sem destino, mas sei que nado.

E o dia (re)nasce ,
Luz que bate nas águas
Do mar que sou.

1 comentário:

Anónimo disse...

É curioso.
Eu não escrevo poesia, apenas de quando em vez, e cada vez menos debito palavras no papel.
Mas se há algo que escrevi e com que me identifico, ainda hoje é um poema(?), que intitulei, como este teu "O mar".
Não é pedantismo, apenas registar uma coincidência: se tiveres tempo e disposição vai ao meu blog, nas postagens de Novembro e lá o encontrarás.