sábado, janeiro 13, 2007

Quando os nossos corpos

Teu corpo, que delicia,
Um encanto que acordo
Enquanto ainda dormes
Entre as minhas mãos

Minhas mãos que te prendem
E por onde teu corpo anda solto

Nossos corpos, geografias,
Por-do-Sol
Palavras

As tuas pernas enroladas nas minhas
Uma brincadeira,
De súbito os beijos

Um encanto
Agarro-te quando os teus olhos
Me dizem do desejo

Enterras-te em mim
Uma sede sem oásis

Uma busca intranquila

Meu corpo onde não paras
Mas ficas

Onde descansas em tumulto

Eu gemo aos teus ouvidos
De mansinho

Tu violas-me
Eu deixo

Até caíres sobre mim
Exausto das viagens

E quando a luz nos inunda o quarto

Eu sei que escolhes ficar por mais um dia.

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito, muito belo!

Maurice disse...

Bonito.
A parte da violação, digamos que...hum...forte!
Abraço

Anónimo disse...

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