quinta-feira, outubro 28, 2010

Terribilíssimo

Amei-te no perfume ácido das laranjas

Por certo no Inverno,
Quando tudo esfria

E a cabeça tende a doer mais.

Terás o sabor ácido das laranjas
E isso é algo que já não vou nunca descobrir-

O teu corpo imaginado tantas vezes.

Ansiei mais pelos teus cabelos, no entanto.

Mas tudo era como no Inverno-
Frio, distância e desnexo.

Quem me dera guardar, flores secas entre os livros,
Para quando chegasse a Primavera.

Mas tudo era como o Inverno.

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