Para o Luisillo
Dele
Dir-se-á a saudade de todos os dias
Como o poema indizível
Que mora sempre connosco
Tão perto e tão longe
Para que um dia
O passamos escrever.
Como os crepúsculos breves de Maio
Ou a sede logo saciada
Assim, me faz falta
Sem que nunca se ausente.
Dele dir-se-á dia e silêncio,
Pois nele estão todas as palavras
Secretas
Impossíveis à boca.
Dele dir-se-á hoje,
Mas também agora.
Pois ele é como o instante imediato
Fugitivo e constante
Sem nunca ser nosso
Estando lá sempre.
Dele dir-se-á amigo
E nesta palavra
Todas as outras calarão.
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