Já não é mais a tarde,
Mas a memória da tarde.
Já não é mais a música,
Mas a memória da música.
O espaço de recordar. Vivo talvez para a lembrança.
Ando perdido entre o que foi e o que me fica.
Entretanto apenas recordo.
Embaraço das horas
Contadas sendo vividas ou lembradas.
Quem sabe para que se vê?
Se para viver se para lembrar.
Já não é mais o cheiro,
Mas a memória do cheiro.
Já não é mais o Verde,
Mas a memória do Verde.
Lembro o tempo vivido
Até que o tempo vire para o viver.
Vivo para a lembrança. Talvez.
1 comentário:
Gostei muito! Tenho de começar a visitar o teu blog. Beijos Joana Frazão
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