Para o meu Pedro Miguel.
Há um recanto onde há palavras,
Tardes de segredo.
Em quantas manhãs esvaziámos boca e alma?
Quantas vezes nos percorremos um ao outro
Na busca do que o outro é?
Questionámo-nos ao longo das noites
Em rumos obtusos de significados
Como músicas sussurradas em lábios
Que encerram dentes cerrados.
Perdi-te, achaste-me. Foi ao contrário
Também.
E agora há um dia em que estamos parados na elegância
De Lisboa,
Há uma mesa de café verde e há as nossas mãos
Que nos desenham entre as nuvens de Monet.
Busca-me até ao Tejo,
Dentro de ti
Como tu estás dentro de mim.
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