Dizes-me noites de poemas magoados
Para que eu os entenda.
Vive em ti um mistério confuso
Como se de uma vez duas árvores nascessem enroladas.
Procuro chegar-te nas calmas completas
Das tardes de praia
Quando em Julhos soalheiros
O teu corpo cabe debaixo dos meus braços.
Perco-te tantas vezes
Nas horas confusas que te assombram
E te levam em demandas de cabelos soltos,
Cavalos largados ao largo de chãos infinitos.
Hei-de saber esperar-te.
Nas horas do consolo
Eu me acalmo
Para que haja paz
Em teu estar confuso
E magoado de viver.
Envolve-me em teu corpo,
Prisão dos cheiros que de ti me prendem.
Sou teu chão onde plantes alicerces
Fundos como a profundidade
Dos momentos em que de súbito és minha.
Porque eu quero-te,
Quero-te além das palavras.
2 comentários:
além das palavras...
tocante...
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