sábado, julho 14, 2007

Poema de Pedro e Catarina

Dizes-me noites de poemas magoados
Para que eu os entenda.

Vive em ti um mistério confuso
Como se de uma vez duas árvores nascessem enroladas.

Procuro chegar-te nas calmas completas
Das tardes de praia
Quando em Julhos soalheiros
O teu corpo cabe debaixo dos meus braços.

Perco-te tantas vezes
Nas horas confusas que te assombram
E te levam em demandas de cabelos soltos,
Cavalos largados ao largo de chãos infinitos.

Hei-de saber esperar-te.

Nas horas do consolo
Eu me acalmo
Para que haja paz
Em teu estar confuso
E magoado de viver.

Envolve-me em teu corpo,
Prisão dos cheiros que de ti me prendem.
Sou teu chão onde plantes alicerces
Fundos como a profundidade
Dos momentos em que de súbito és minha.

Porque eu quero-te,
Quero-te além das palavras.

2 comentários:

colher de chá disse...

além das palavras...

Anónimo disse...

tocante...