quinta-feira, junho 03, 2010

Poesias de Verão

As linhas do poema na noite quente de Verão.
O livro pousado na mão é como um gesto de espanto.
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Os bois de Samarcanda lavram a terra estéril.
Em cada esquina um deus se levanta como um pomo dourado.
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Gentil é o cheiro a cardamomo na manhã inicial.
O corpo do meu amado existe entre todas as coisas.
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Como Sekhmet a leoa estende o corpo.
Os gatos dançam sua dança das três da tarde.
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Impregnada, resta a casa com o cheiro das romãs.
O meu peito está imperturbável nos vidros da livraria.

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