segunda-feira, junho 28, 2010

Tamina

A princesa da Cidade Santa mora por detrás dos seus véus. Sua pele palmada do Verão quente não sua ou transpira. Cada tatuagem do corpo é como um pomo de Deus. Respira o dia anseado do príncipe da Pérsia por buscá-la.

quinta-feira, junho 03, 2010

Solar

Como gesto novo
Assim aparece

O Poema

Sua coisa de espanto e calma
Como rio tranquilo de Verão
Um caudal langoroso

Imperceptível teia de Penélope
De dedos fiados demasiado finos
Para que se lhes possa seguir

Como um encontro do mar
Aqui minha alma repousará

Sou-me que me chegue

Debaixo da oliveira
Assim vem-me a musa

Seu sussurro inescutável
Em perseguindo

Aqui está a mais feliz tormenta

Poesias de Verão

As linhas do poema na noite quente de Verão.
O livro pousado na mão é como um gesto de espanto.
*
Os bois de Samarcanda lavram a terra estéril.
Em cada esquina um deus se levanta como um pomo dourado.
*
Gentil é o cheiro a cardamomo na manhã inicial.
O corpo do meu amado existe entre todas as coisas.
*
Como Sekhmet a leoa estende o corpo.
Os gatos dançam sua dança das três da tarde.
*
Impregnada, resta a casa com o cheiro das romãs.
O meu peito está imperturbável nos vidros da livraria.