quinta-feira, abril 15, 2010

Poema de Merlim, Morgana, Artur, Ginevra, Lancelot e da Senhora Igraine, sendo que do primeiro e última aqui não se consta

(ou mais simplesmente Poema dum dia sobre um pensamento hoje miticamente céltico)

Para I., de ascéticos passos druídicos, como prova de que também nasci do mesmo rio Oceano e mesmo entre a coluna dórica, sobre o pateo branco, conheço sua alma irascível de carvalho e onda.

Celebra-me a alma
Nos fogos de Beltane,
Um novo rei Artur

De mito e espada
Uma Camelot inteira
Feita de cartas
Construída de coisas
Paradoxalmente
Irremediavelmente
Sólidas porque assim efémeras.

De Morgana,
Por sobre o lago,
Aguarda o barco
O dia a hora
Da bruma certa
Descerrada
Como de nova Ginevra
Lancelot,
Beijos adúlteros
Novamente adúlteros
Uma outra vez adúlteros

Como um círculo perpétuo
Nas muralhas do castelo
Como um amor
Inefugível
Que nenhuma Excalibur
Poderá, por ora, cortar.

A magia dos elementos
Essenciais
Palavra e Terra
Seiva rasgada dos
Veios carnudos dos carvalhos
Druídicos

Também aqui
Espaço Casa Verbo
Novo sonho, mesmo mito
Como se continuamente
Continuadissimamente
Alguém conjugue em deleite
e como seu
o declinável
Refurjar.

2 comentários:

Adomnán disse...

Is maith liom é. Go raibh maith agat!

Arquitetura da Ausência disse...

Se você permitir e estiver interessado, eu posso fazer uma resenha crítica do teu blog
(acerca da tua produção escrita)
nesse blog que estou construindo, para divulgação literária.
meu email é hilstlispector@hotmail.com (caso tenha interesse)

http://www.coerencias.blogspot.com/