No recentemente estreado filme Homem-Aranha 3 há apenas uma coisa que vale mesmo a pena ver: o desempenho de Kirsten Dunst.
Na sua beleza encantada de mulher petite Kirsten mostra-se mais uma vez como a actriz das pequenas coisas. Nela guardam-se os pequenos sorrisos do quotidiano e os gestos leves que desenhamos sem pensar. Se ela os pensa ou não, não sei e tão pouco me importa. Ela encanta-me e é isso que eu busco nela. Não admira portanto que a actriz seja um dos fetiches da brilhante Copolla que busca precisamente as pequenas pequenezes do quotidiano. E é toda uma naturalidade que nos apresenta em Marie Antoinette (até hoje o seu mais genial desempenho) que continua a oferecer-nos em Homem-Aranha 3 apesar de todas as limitações oferecidas por Mary Jane Watson.
Verdade que Dunst está ainda longe do brilhantismo. Falta saber transpor a sua naturalidade das pequenas coisas para aquelas maiores. Ainda teatrais restam muitas das suas cenas de choro e dor ou de profunda paixão, um cliché americano que acredito seja difícil de largar para qualquer actor. Mas Kirsten lá vai guiando a sua carreira com cuidado, como a delicadeza dos seus gestos, escolhendo um filme aqui e outro ali, ora mais comercial ora menos. Eu continuo à espera que ela me continue a surpreender!
(Não deixem de ver, se ainda não viram, O Sorriso de Mona Lisa e Marie Antoinette, as suas duas melhores actuações)
3 comentários:
Querido amigo, mais uma paixão que temos em comum. Contudo, como cinéfilo que sou, não poderia deixar de acrescentar dois ou três filmes a tua lista de filmes parta "o melhor desempenho dramático de kirsten dunst".
assim, recomendo vivamente:
The Cat's Meow (2001) (um filme sóbrio e discreto de peter bogdanovich)
The Virgin Suicides (1999) (também da sophia copolla)
Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles (1994) (o grande e inesquecível filme de Neil Jordan)
(qualquer filme que queiras ver ou rever ja sabes a quem a quem pedir)
abraço
dois filmes muito bons. mas continuo a preferir marie antoinette... Concordo com o q dizes, há de facto um encanto na Kirsten Dunst que também me agrada. E da Copolla, é melhor nem falarmos. Começava já com o "lost in translation". Genial.
Eu acho-a linda de morrer. Ainda há pouco tempo vi um filme muito agradável com ela e com o Orlando Bloom, Elisabethtown. A história não era grande coisa, mas o casal estava irresistível.
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