segunda-feira, fevereiro 26, 2007

E se o verão de súbito regressasse?

Talvez te diga das cartas,
Das folhas,
E do chá nas tardes calmas de Inverno.

Porque a minha vida é como o livro manso
Que resta na mesa de cabeceira.

Leio(-me) devagar .

Invento nos livros uma mitologia
Nova e minha.

Não tenho mais que te diga. Tu procuras tanto de mim.

De súbito peço: esgota-me.
Levanta o livro da mesa e lê-me vorazmente.

Que saudades do verão que volta com a tua voz
Enquanto tu enches o quarto de mim,
Palavras que buscas nos livros.

Traz de volta o sol e o encanto de ser feliz sem roupa
Enquanto deixamos o corpo adormecer
À beira-mar.

É à beira-mar que cultivamos nossa terra de sonhos,
Desejos que escreves na areia
E que o mar apaga.

Aguardo.
As horas rasgam os dias
Sem sequer pensar em nós.

Só um mês,
Mais uns dias.
Agora a primavera.
Depois o verão.

Enquanto,

Anseio...

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