quarta-feira, setembro 27, 2006

O grito de Hécuba mãe ou O tempo das novas memórias

Cala agora o teu grito de dor,
Hécuba, mãe,
E guarda em teus olhos as lágrimas
Que ainda te faltam
Por teu filho Heitor

O tempo descascou as paredes do teu vestíbulo
E os frescos que outrora falavam dos deuses
São agora pedras que falam do branco

Os homens,
Esquecidos das suas mães,
Desenharam no horizonte novas tragédias
E o barulho das suas armas
Lança-se ensurdecedor sobre o teu grito de mágoa

Novas letras se escrevem agora
Em tuas paredes brancas,
Hécuba, mãe,
Para contar histórias de um terror novo

Este é o tempo que temos
Para povoar a memória de novas coisas
Sem que por isso nos abandonem as Parcas

O tempo das novas tragédias
Que calam sobre a poeira da terra
O grito das mulheres de Tróia.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Etiqueta

Então lá fui etiquetado pela colher de chá. Normalmente, nem sequer alinhava nestes rituais estranhos do mundo virtual (este consiste em escrever 6 coisas aleatórias sobre mim), mas este ritual é diferente, porque, e consta no prinmeiro da lista:

1. Tenho uma coisa (será que lhe posso chamar uma afectção, não será muito gay?) pela etiqueta, não uma extrema exigência, mas algum cuidado e atenção;

2. Sou completamente viciado em refrigerantes com gás. A 7Up, o Sumol de Laranja e a Brisa de Maracujá estão em primeiro lugar ex aequo;

3. Adoro dançar. Quando saio à noite normalmente danço imenso e até tive aulas de hip-hop, agora só falta ter jeito;

4. Sou provavelmente a pessoa mais previsível que existe ou pelo menos uma das mais previsiveis;

5. O Gabriel García Marquéz é o meu escritor favorito;

6. Serei com certeza no futuro um brilhante professor universitário. (Na verdade a característica deste último ponto é a minha, por vezes assustadora, falta de modéstia).