sábado, fevereiro 11, 2006

Quando os poemas vêm em dias nocturnos

Há dias em que escrever é uma dor muito grande. Esses dias, quando são dias, parecem noites. Nascem com hora marcada para acabar. Simplesmente anseio que essa hora chegue mais cedo. Nunca presto tanta atenção ao rodar dos relógios como nesses dias, porque cá dentro é sempre de noite até efectivamente ser dia outra vez. Também há poesia nesses dias nocturnos- é mais magoada. São dias para ler a dedicatória de um namorado no livro velho. São palavras delicadas, curtas como convém, numa tinta de azul claro. Já têm em si uma poesia seca. Se o dia vem delas ou as encontro por ser noite enquanto é dia, não sei. Mas roubam a pouca música das minhas palavras.

Eu gosto de escrever poemas magoados, mas só nestes dias- assim grito mais claro como desejo a manhã.

6 comentários:

Anónimo disse...

Este texto começa quase da mesma maneira que uma msg que me mandaste:P "Flor de não te ver sinto uma dor!". O texto está lindo, como estão todos os outros...
beijinhos e boa sorte para o blogge, e vou continuar a vir aqui:)

Anónimo disse...

Levas jeito para isto. Qualquer dia andas com obra publicada pelas montras das livrarias deste país.
Grande Abraço
Ivan Abreu

Anónimo disse...

meu querido, inda tou a digerir, isto dá direito a tertúlia (mt regada)!! fantastico, como td, alias!! um beijo enorme

Anónimo disse...

Um blog é sempre um começo, certo?E é sem dúvida um excelente espaço para um escritor praticar e amadurecer, boa sorte para o blog

colher de chá disse...

genial genial genial genial
há mt tempo q n gostava tanto de um texto teu. reitero: genial.
o encadeamento, a linha condutora, as borboletas na barriga, os adereços e o cenário. LINDO. MESMO MESMO.
(n me pguntes pqe, senti-me assim qd o li ) :)

lady.bug disse...

Only pain is real... prazer em encontrar-te por aqui!