sexta-feira, agosto 06, 2010

Do prazer (sob a noite)

Sou o choro do deus que não existe

Assim a sua noite

Não busco moral nem conduta

Todo o meu corpo sou eu

E cada um dos seus cantos

É hoje uma geografia de prazer


Morro-me como a água que renasce

Meu corpo lambido de saliva

Eis que seguro entre as pernas

A taça que sacia todos os desejos


Dos deuses que não existiram

Tudo se possa escrever

Como o corpo ansiado

Que nunca se amou


Transpiro todas as ânsias

De um corpo

Orgasmicamente

Consumido

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