Sou o choro do deus que não existe
Assim a sua noite
Não busco moral nem conduta
Todo o meu corpo sou eu
E cada um dos seus cantos
É hoje uma geografia de prazer
Morro-me como a água que renasce
Meu corpo lambido de saliva
Eis que seguro entre as pernas
A taça que sacia todos os desejos
Dos deuses que não existiram
Tudo se possa escrever
Como o corpo ansiado
Que nunca se amou
Transpiro todas as ânsias
De um corpo
Orgasmicamente
Consumido
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