para Sara Guia d'Abreu, como todas as nossas lisboas
Este jogo inconsequente de quebra-cabeças; uma cidade sempre nova em cada esquina. Há o mistério do azulejo, do varandim com sol, da pessoa que desce as mil escadinhas da cidade que desaguam em bairros e jardins de segredo escondidos atrás de fachadas velhas e também cansadas. Não há domingo, nem dia de estar só- em lisboa há os dias do Sol várias vezes por semana, várias vezes por estação. É esta coisa que não contamos a ninguém- este anseio sempre presente de ser cidade, de estar uno com o espaço da cidade. A cidade tem muitas torres de igreja, muitas praças, muitos cantos guardados. Uma cidade secreta, como um presente que se oferece, prenhe de estórias porque ansiamos.