Nas mãos abertas encontro agora pequenos silêncios.
Como em aves voando o gesto é gerador de intensas palavras.
terça-feira, junho 30, 2009
sábado, junho 20, 2009
Dança entre a mulher mais bela do mundo e o rapaz de olhos de azul
Numa sala que não existe, onde a luz não há, a mulher mais bela do mundo aplica delicadamente o pó de arroz. Estrondosamente feliz ela agora invade cada salão.
O rapaz de olhos de azul é luz em si mesmo no pateo escuro. Agita os braços magros em gestos lentos. A face coberta de pó de arroz.
A música é um exaltação dos sentidos. Ambos vêem com os olhos demasiado abertos. Tudo neles é agora desperto e natural.
O rapaz de olhos de azul e a mulher mais bela do mundo são como duas crianças irmãs que se amam pela inocência dos olhos. São demasiado belos para perceber como de facto são exultantemente belos.
Os dois vivem agora uma felicidade isolada e compreendida a dois. São alheios ao impacto visual que causam em todos quantos os vêem sem por isso se deixarem de sentir de certa forma olhados.
Deixado só a um canto observo-os e imagino quanto de prazer me daria escrevê-los.
O rapaz de olhos de azul é luz em si mesmo no pateo escuro. Agita os braços magros em gestos lentos. A face coberta de pó de arroz.
A música é um exaltação dos sentidos. Ambos vêem com os olhos demasiado abertos. Tudo neles é agora desperto e natural.
O rapaz de olhos de azul e a mulher mais bela do mundo são como duas crianças irmãs que se amam pela inocência dos olhos. São demasiado belos para perceber como de facto são exultantemente belos.
Os dois vivem agora uma felicidade isolada e compreendida a dois. São alheios ao impacto visual que causam em todos quantos os vêem sem por isso se deixarem de sentir de certa forma olhados.
Deixado só a um canto observo-os e imagino quanto de prazer me daria escrevê-los.
segunda-feira, junho 08, 2009
Das folhas
Há folhas mortas no meu jardim. Com que cuidado as limpo, lavo e penteio! Ansiosamente junto-as. Observo-as como quem mastiga algo superiormente bom. Enrugadas, por vezes estalam e partem apenas com ligeiros toques. Mesmo a essas guardo-as. Guardo-as todas em grandes jarros de vidro cuidadosamente transparente. Observo-as como um cientista disseca. Longas horas de Outono. Não falo delas nunca. Não são para se falar. São para eu observá-las Conheco-as por cada linha e dar-lhes-ia mesmo nome não fosse isso bizarro. Agora que é verão deixo-me quieto, calado e mudo até ao instante em que haja no meu jardim a primeira folha morta.
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