Para a Daniela, sobre uma conversa, mas sobretudo sobre o Branco.
Nem às escuras, nem sob as sombras,
Ausente da seiva de sangues correntes,
Ou da cadência dos corpos mortos,
Sem mágoa, ou raiva, ranger de dentes
Ou mesmo a força em fúria de braços tortos,
Será limpo e leve o dia novo
Filho dum Crepúsculo de Verão
Na casa, no mar, além do povo,
Por onde o labor das aranhas corra o chão.
A ânfora, a coluna, o Fado, o encanto,
A História e em tudo o odor do orégão
E no dia branco, no pateo branco,
Eis que surjem, escondidos dum canto,
Os deuses que a palavra Poesia carregam.
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