quinta-feira, maio 07, 2009

Um corpo que não o toque

Teu corpo que não toque
E teus cabelos que não os sinta

Em força és ausência em mim
E quase abstracção

Não sei, mas sinto
E nem sei o que sinto

Nem nada do que é de saber

Teu corpo escapa-me
Foge-me

Ausentas-te de mim

Como se nunca mais viesses
Como se nunca estivesses
Perto do meu corpo

A respiração lenta
A viagem das tuas mãos
Novas terras que reclames

Lembra-me de chorar-te
No dia que chegar Outubro
Quando os dias perderem sentido

1 comentário:

Antónia disse...

como eu adoro a sua escrita meu querido!

mais um poema lindo, e... transparente!

um beijinho